Bendita faixa

Quem mora em Foz do Iguaçu, como eu, provavelmente já teve a experiência de ver um homem com um faixa com frases evangelísticas em diferentes idiomas, parado em algum semáforo da cidade; criticado principalmente por cristãos, que dizem ser um método não indicado, e que acaba fazendo com que cristãos sejam vistos como pessoas medíocres, sem cultura ou coisa parecida. Interessante que acaba incomodando mais os “crentes” que qualquer outro... Ouço muito “crente” dizendo que não é dessa maneira que temos que falar do evangelho de Jesus, e que existem maneiras mais eficientes... Confesso que tenho simpatia por esse rapaz que sequer sei o nome, porém também sempre achei que pudesse ser mais “eficiente” se usasse outros métodos... Como já disse, moro em Foz do Iguaçu, fronteira com Paraguai e Argentina, e trabalho no Paraguai, a 30 km da fronteira; e um dia desses conversando com a cozinheira da empresa, que é evangélica e frequenta uma Igreja no Paraguai, e ela me contava que outro dia uma amiga de sua Igreja dava um testemunho de que esteve desviada durante um tempo, e que, num carnaval passado, foi até Foz para ver o desfile de carnaval e, após muitas cervejas e outras coisas próprias do carnaval, se deparou com “um rapaz” com uma faixa na mão com a frase “Jesus te Ama” passando pela avenida... E que nesse momento ela sentiu algo forte que a fez ficar envergonhada diante de Deus e que naquele momento tomou a decisão de voltar pra Deus... Voltando ao Paraguai, na primeira oportunidade foi para a Igreja, reconciliou-se com Deus e nunca mais saiu dos caminhos de Deus... E ai? Será que o método dele realmente não é “eficiente”? Alguém pode pensar... “Ahh... mais foi uma pessoa só... além de que, ela já devia estar propensa a se reconciliar com Deus”... Bem... Pode até ser... Mas se foi realmente somente essa pessoa (o que já não acredito mais)... já não teria valido a pena todo o tempo em que ele ficou prostrado com a faixa na mão? Ou a Bíblia esta errada dizendo que uma vida vale mais que o mundo inteiro? Será que, se eu e você tivéssemos a oportunidade de ver João Batista no deserto, comendo gafanhotos e mel, pregando num sol tórrido, também não acharíamos que seu método poderia ser mais “eficiente”? O João Batista que Jesus afirmou que não houve maior homem nascido de mulher... Agradeço a Deus pelos “João Batistas” que temos por ai... e pelos seus métodos ineficientes .... E peço perdão a Deus pelos meus métodos eficientes que na maioria das vezes não saem do papel... ***Tamur